O quintal da residência em Vinhedo, São Paulo, que foi o local da queda do voo 2283 da Voepass, permanecerá interditado por alguns dias. A retirada dos corpos foi concluída na noite de sábado (10), porém, a liberação do terreno para a família só ocorrerá após a remoção total da fuselagem da aeronave.
Importantes componentes, como o motor e a cauda, a qual sofreu consideráveis danos devido ao impacto e ao incêndio subsequente, foram levados ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), localizado em Brasília. Este órgão planeja emitir um relatório preliminar sobre as causas do acidente no prazo de 30 dias.
Os bombeiros finalizaram suas atividades no local na manhã de domingo (11), após a retirada das partes principais da aeronave. Uma equipe da Voepass está encarregada de transportar os destroços para Brasília, onde se encontra a sede do Cenipa. A operação também contou com a colaboração da Polícia Militar, Civil, Federal, Científica, bem como do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, que agora se concentram na limpeza do local e nas investigações.
A queda da aeronave ocorreu na última sexta-feira (9), quando o avião partiu de Cascavel, Paraná, com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Embora as razões para o acidente ainda não tenham sido determinadas, especialistas sugerem que a queda em espiral pode indicar um estol, situação em que a aeronave perde sua sustentação.
A análise das caixas-pretas, que contêm o gravador de voz e o gravador de dados, será essencial para esclarecer os eventos que levaram ao acidente. Os dados serão extraídos no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) do Cenipa.
Infelizmente, não há sobreviventes desse trágico incidente, que se destaca como a maior tragédia aérea do Brasil em termos de vítimas desde 2007. Naquele ano, um acidente com um Airbus A320 da TAM (atualmente Latam) resultou na morte de 199 pessoas ao sair da pista e colidir com um prédio da companhia no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.