A apresentadora Ana Clara Lima, de 27 anos, recorreu às redes sociais para abordar sua condição de saúde, a psoríase. Durante o relato, ela compartilhou os desafios que tem enfrentado devido aos sintomas dessa doença autoimune.
Ana Clara revelou, em uma de suas publicações no Instagram, que é importante discutir o tema, já que muitas pessoas passam pela mesma situação.
Ela comentou: “Eu queria muito compartilhar isso aqui, porque sei que muita gente tem também. Tem uma coisa, que pra mim é um alerta muito grande. Mas me assusta mais do que do estômago, porque do estômago eu estou mais acostumada, mais tempo”.
O Que é a Psoríase, condição que afeta Ana Clara?
A psoríase é uma doença de pele crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas apesar de ser bastante comum, ainda há muitas dúvidas e equívocos sobre suas causas, sintomas e tratamentos. Neste texto, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre a psoríase, de forma clara e direta, para ajudar a desmistificar essa condição e fornecer informações úteis para quem convive com ela ou conhece alguém que enfrenta esse desafio.
O que é psoríase e como ela se manifesta?
A psoríase é uma doença inflamatória autoimune que afeta a pele, causando o surgimento de lesões avermelhadas e escamosas que podem coçar e, às vezes, causar dor. A causa exata da psoríase ainda não é completamente compreendida, mas sabe-se que ela está relacionada a um sistema imunológico hiperativo que faz com que as células da pele se renovem muito mais rapidamente do que o normal. Essa renovação acelerada leva ao acúmulo de células na superfície da pele, formando as placas características da doença.
Existem vários tipos de psoríase, sendo a psoríase em placas a forma mais comum. Ela se manifesta como manchas vermelhas cobertas por uma camada espessa de células mortas da pele, chamadas de escamas. As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e parte inferior das costas. Outros tipos incluem a psoríase guttata, inversa, pustulosa e eritrodérmica, cada uma com características e áreas de afetação específicas.
Quem pode desenvolver psoríase?
A psoríase pode afetar pessoas de todas as idades, raças e gêneros, mas ela é mais frequentemente diagnosticada em adultos jovens, com picos de aparecimento entre os 15 e 35 anos. Embora a causa exata seja desconhecida, acredita-se que a genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento da doença. Se um dos pais tem psoríase, há uma chance maior de que o filho também desenvolva a condição. Além disso, fatores ambientais, como estresse, infecções e lesões na pele, podem desencadear ou agravar a psoríase em indivíduos predispostos.
Outro ponto importante é que a psoríase não é contagiosa. Ela não pode ser transmitida de pessoa para pessoa através do contato físico, o que significa que é seguro conviver e ter contato próximo com alguém que tem a doença. Apesar disso, por ser uma condição visível, muitas pessoas que sofrem de psoríase enfrentam preconceito e estigma, o que pode afetar significativamente sua qualidade de vida e bem-estar emocional.
Quais são os sintomas mais comuns?
Os sintomas da psoríase variam de pessoa para pessoa e dependem do tipo específico de psoríase. No entanto, alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Placas vermelhas cobertas por escamas prateadas: Essas lesões podem ser dolorosas e causar coceira intensa. As escamas são formadas por células mortas que se acumulam na superfície da pele devido à renovação celular acelerada.
- Pele seca e rachada, que pode sangrar: A secura extrema da pele é comum em áreas afetadas pela psoríase, e as rachaduras podem ser dolorosas.
- Coceira, queimação ou dor: As lesões psoriáticas podem ser extremamente desconfortáveis, com coceira intensa e, em alguns casos, dor.
- Unhas espessadas, sulcadas ou descoloridas: A psoríase também pode afetar as unhas, causando alterações que variam de pequenos sulcos a uma descoloração significativa.
- Articulações rígidas e inchadas: Em alguns casos, a psoríase está associada à artrite psoriática, uma condição que causa dor e inflamação nas articulações.
Como é feito o diagnóstico da psoríase?
O diagnóstico da psoríase geralmente é feito por um dermatologista com base na aparência das lesões na pele. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia da pele, onde uma pequena amostra de pele é retirada e analisada ao microscópio para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes.
Além disso, o médico pode perguntar sobre o histórico familiar e pessoal do paciente, uma vez que a predisposição genética é um fator importante. Como a psoríase pode se manifestar de diferentes formas e graus de severidade, o diagnóstico preciso é crucial para determinar o melhor curso de tratamento para cada caso.
Quais são as opções de tratamento?
Embora a psoríase não tenha cura, existem várias opções de tratamento disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os tratamentos podem variar dependendo da gravidade da doença e da resposta individual do paciente às terapias. As principais abordagens incluem:
Tratamentos tópicos
Para casos leves a moderados de psoríase, os tratamentos tópicos são frequentemente a primeira linha de defesa. Esses tratamentos incluem cremes e pomadas que podem ser aplicados diretamente nas lesões para reduzir a inflamação, aliviar a coceira e desacelerar o crescimento das células da pele. Alguns dos medicamentos tópicos mais comuns incluem corticosteroides, análogos da vitamina D, retinoides e alcatrão de hulha.
Fototerapia
A fototerapia, ou terapia com luz, é um tratamento eficaz para muitos pacientes com psoríase. Ela envolve a exposição da pele a luz ultravioleta (UV), que ajuda a desacelerar a renovação celular e reduzir a inflamação. Existem diferentes tipos de fototerapia, incluindo a luz ultravioleta B (UVB) e a terapia com psoraleno e ultravioleta A (PUVA). A fototerapia deve ser realizada sob a supervisão de um profissional de saúde para evitar riscos, como queimaduras e câncer de pele.
Tratamentos sistêmicos
Para casos mais graves de psoríase, onde as lesões cobrem grandes áreas do corpo ou não respondem a tratamentos tópicos e fototerapia, os tratamentos sistêmicos podem ser recomendados. Esses tratamentos envolvem medicamentos que agem em todo o corpo, e podem ser administrados por via oral ou injetável. Exemplos incluem metotrexato, ciclosporina e retinoides orais. Mais recentemente, os medicamentos biológicos têm se mostrado promissores, atuando especificamente em partes do sistema imunológico envolvidas na psoríase.
Como a psoríase afeta a vida dos pacientes?
A psoríase não é apenas uma doença de pele; ela pode ter um impacto profundo na qualidade de vida dos pacientes. Além dos sintomas físicos, como coceira e dor, muitos pacientes enfrentam desafios emocionais e psicológicos. A aparência das lesões pode causar vergonha e baixa autoestima, levando ao isolamento social e, em alguns casos, à depressão e ansiedade.
Além disso, a psoríase é uma condição crônica, o que significa que os pacientes precisam lidar com a doença ao longo de suas vidas. O manejo contínuo dos sintomas, a necessidade de tratamentos regulares e as possíveis complicações, como a artrite psoriática, podem ser desgastantes. Isso reforça a importância de um apoio psicológico e social adequado, além do tratamento médico.
É possível prevenir a psoríase?
Como a psoríase está relacionada a fatores genéticos e autoimunes, não é possível preveni-la completamente. No entanto, é possível reduzir os riscos de surtos e minimizar os sintomas através de algumas práticas:
- Evitar o estresse: O estresse é um dos principais gatilhos para a psoríase, por isso, encontrar formas de gerenciar o estresse pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade dos surtos.
- Manter a pele hidratada: A hidratação regular da pele pode ajudar a reduzir a secura e o desconforto associado à psoríase.
- Evitar o consumo excessivo de álcool: O álcool pode agravar os sintomas da psoríase e interferir nos tratamentos, por isso, é aconselhável limitar o consumo.
- Adotar uma dieta saudável: Embora não exista uma dieta específica para a psoríase, uma alimentação equilibrada pode ajudar a manter o corpo saudável e reduzir a inflamação.
Viver com psoríase pode ser desafiador, mas com o tratamento adequado e o apoio certo, é possível controlar a doença e levar uma vida plena. É essencial que os pacientes se informem sobre sua condição, sigam as orientações médicas e busquem apoio emocional quando necessário. A psoríase pode ser uma parte da vida, mas não precisa defini-la.