Esses Remédios que não devem ser combinados com certos alimentos

Esses Remédios que não devem ser combinados com certos alimentos

A eficácia de alguns tratamentos médicos pode ser comprometida pela combinação de medicamentos como antibióticos, antidepressivos e estatinas com certos alimentos ou bebidas.

Antibióticos e Laticínios

Medicamentos como a fluoroquinolona e a tetraciclina, prescritos para o tratamento de diversas infecções bacterianas, exigem cautela ao serem usados com laticínios. A ingestão de produtos lácteos interfere na absorção desses antibióticos, pois os íons de cálcio, magnésio e ferro presentes no leite podem se ligar a eles, formando compostos que não são absorvidos pelo organismo.

A farmacêutica Juliana Chan ressalta que essa interação pode resultar na redução da absorção do medicamento e de minerais essenciais, levando à excreção indesejada nas fezes. Portanto, é recomendável evitar o consumo de laticínios durante ou algumas horas após a administração dos antibióticos.

Estatinas e Toranja

Outro alerta se refere ao uso de estatinas – medicamentos que têm como objetivo diminuir os níveis de colesterol. Estudos recentes mostram que a toranja e seu suco podem aumentar significativamente os níveis dessas substâncias no sangue, elevando o risco de efeitos colaterais e comprometendo sua eficácia.

Cerca de 44 medicamentos apresentam a possibilidade de interação relevante com a toranja, tornando essencial que pacientes em tratamento com estatinas se abstenham do consumo dessa fruta.

Antidepressivos e Queijos Envelhecidos

Os antidepressivos conhecidos como inibidores da monoamina oxidase (MAOIs) também exigem precauções especiais. Esses medicamentos, menos utilizados atualmente, são indicados para tratar formas diversas de depressão e transtornos do sistema nervoso.

Alimentos com alta concentração de tiramina, como queijos envelhecidos (por exemplo, cheddar e gorgonzola) e carnes curadas (como presunto e chouriço), devem ser evitados, pois podem provocar um aumento perigoso da pressão arterial devido à interação com a monoamina oxidase, a enzima responsável pela degradação de neurotransmissores no cérebro.

Se houver dúvidas sobre a interação entre medicamentos e alimentos, é sempre recomendável uma conversa com um médico. A conscientização sobre essas interações pode ser crucial para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos.

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