A Globo, em colaboração com diversas empresas, está realizando demonstrações tecnológicas inovadoras durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. O foco do evento, que é voltado para convidados e público interno, gira em torno da evolução da TV 3.0, frequentemente referida como a TV do futuro. A implementação dessa nova tecnologia está prevista para o ano de 2025.
Na terça-feira (6), o centro de controle de sinais da Globo no Rio de Janeiro apresentou uma série de protótipos e experiências que podem vir a fazer parte desse novo padrão de televisão aberta. Entre as inovações estão: interatividade, personalização, qualidade superior de imagem e som, além de hipersegmentação de conteúdo, criando novas oportunidades de negócios para o mercado publicitário.
A proposta da TV 3.0 é extinguir as barreiras entre a televisão e a internet, formando um ambiente onde os canais abertos poderão oferecer todos os recursos próprios do mundo digital. Isso abrange conteúdo de vídeo sob demanda que se integra à experiência ao vivo, além de publicidade contextualizada de acordo com o perfil do usuário e uma integração aprimorada entre transmissões tradicionais e internet, permitindo breaks personalizados que atendem a diferentes regiões.
Raymundo Barros, que ocupa a posição de diretor de Estratégia e Tecnologia da Globo, enfatiza a relevância da TV 3.0. Ele afirma: “Ao mesmo tempo que mantém seus atributos históricos de alcance massivo, capilaridade e amplo alcance e penetração nacional, levando à população ofertas gratuitas de conteúdo, a TV 3.0 vai estreitar ainda mais a relação dos radiodifusores com os seus consumidores”.
Barros complementa sua análise ao afirmar: “A integração entre a internet e a TV se dará de maneira fluida. A experiência de consumo passa a ser logada, permitindo maior personalização, interatividade e sistemas de recomendação de conteúdo, como já acontece no digital. Isso aumenta o poder de escolha do usuário, que passa a ter uma experiência mais próxima daquilo que gosta e deseja”.
Para o setor publicitário, a TV do futuro abrirá novas possibilidades de negócios, incluindo o recurso de compras diretas pelo controle remoto, conhecido como shoppable. A inovação também proporcionará aos anunciantes novas formas de se conectar com o público. Barros conclui:
“A TV 3.0 insere a TV aberta na economia digital. Ela segue com seus atributos brand safety e torna a relação com o consumidor mais digital, interativa e pessoal. A partir daí, proporciona ofertas ainda mais assertivas, hipersegmentadas e diferenciadas para o público-alvo das marcas”.