Descubra qual o melhor programa de exercícios para a saúde das mulheres idosas, segundo estudo da Unesp
Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) pode transformar a forma como mulheres idosas encaram a prática de exercícios físicos. Publicado no respeitado European Journal of Preventive Cardiology, a pesquisa investigou a saúde de 92 mulheres que participaram de programas comunitários voltados para a prática de atividades físicas. O resultado? Existem modalidades que se destacam em benefícios à saúde que merecem ser analisadas com atenção.
Com a participação em treinos duas vezes por semana por um período de nove meses, as idosas foram avaliadas em diversos aspectos de saúde. O estudo focou essencialmente em três formatos de programas de exercícios: um que combinava fortalecimento muscular com treino intervalado de alta intensidade (HIIT), outro que mesclava fortalecimento muscular com exercício aeróbico moderado e, por fim, um programa que se concentrava apenas no fortalecimento muscular.
Quais foram os resultados mais surpreendentes do estudo?
Após o término dos nove meses de treinos, os pesquisadores realizaram avaliações minuciosas para entender os avanços na saúde das participantes. Tanto o programa que combinou o fortalecimento muscular com HIIT quanto o que misturou fortalecimento com aeróbica moderada apresentaram reduções significativas na circunferência abdominal. Contudo, o HIIT revelou-se superior, especialmente no que diz respeito ao controle da pressão arterial e melhoria da circulação sanguínea.
Os dados evidenciaram que, mesmo que todos os três tipos de atividades fossem eficazes para o aumento do desempenho funcional, apenas o grupo que participou do HIIT em parceria com o fortalecimento muscular conseguiu manter as melhorias funcionais após a conclusão dos treinos. Isso incluiu avanços em flexibilidade, força nas extremidades, mobilidade e força de preensão manual.
Por que o HIIT se destaca entre as opções de exercícios?
O professor Emmanuel Ciolac, que é um dos autores do estudo, comentou sobre os achados em entrevista à Agência Fapesp. Ele destacou que “a ausência de melhora nos parâmetros cardiovasculares nos grupos que realizaram apenas o treinamento de força ou o treinamento de força associado ao aeróbico de moderada intensidade sugere que o HIIT foi o responsável pela melhora da pressão arterial e da rigidez arterial”. Essa “superioridade do HIIT” pode ser atribuída à constante adaptação dos vasos sanguíneos durante as sessões de exercício intervalado.
Como esses resultados podem impactar a saúde das mulheres mais velhas?
As implicações desses achados são significativas, especialmente considerando que as mulheres idosas estão entre os grupos mais vulneráveis a doenças cardiovasculares. Os pesquisadores acreditam que essas informações podem servir como um guia para a formulação de políticas públicas de saúde que visam promover atividades físicas apropriadas para essa faixa etária. Buscar alternativas que realmente funcionem deve ser um passo essencial para a prevenção de doenças que afetam a qualidade de vida.
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Concluindo, o estudo da Unesp reforça a importância de uma abordagem integrada na prática de exercícios, mostrando que, para mulheres mais velhas, o HIIT combinado com o fortalecimento muscular se destaca como uma opção eficaz. Alinhar objetivos de saúde com práticas físicas adequadas pode resultar não apenas em melhorias de saúde imediatas, mas também em uma qualidade de vida muito superior a longo prazo.