Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, um acontecimento tocante destacou-se no último dia de competições, mostrando que o espírito esportivo pode transcender classificações finais.
A Impressão de Kinzang Lhamo
A maratonista Kinzang Lhamo, de 26 anos, representando o Butão, completou a prova de maratona caminhando nos últimos quilômetros, mais de uma hora e meia após a campeã holandesa Sifan Hassan. Lhamo recebeu uma recepção calorosa do público, que a apoiou durante o trecho final da corrida.
Dados da Prova
- Tempo de Lhamo: 3h52min29s
- Velocidade média: 10,9 km/h
- Vencedora: Sifan Hassan
- Tempo da vencedora: 2h22min55s
- Velocidade média da vencedora: 17,7 km/h
- Competidoras que abandonaram: 11 de 91
Apesar de ter permanecido entre as últimas durante toda a prova, Lhamo optou por continuar até a linha de chegada, mostrando determinação e resistência.
Formação e Desempenho
Integrante do exército real do Butão, Lhamo teve como melhor desempenho na maratona um tempo de 3h26min. Para se preparar adequadamente para os Jogos, a atleta treinou na cidade de Blagnac, situada no sul da França. O Butão enviou três atletas para as Olimpíadas, incluindo Lhamo e dois homens nas modalidades de tiro com arco e natação.
Momentos Históricos nos Jogos
Kinzang Lhamo não foi a primeira atleta a deixar uma marca indelével na história das Olimpíadas mesmo ocupando posições mais baixas. O nadador Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, se tornou famoso após nadar os 100 metros livres em quase 2 minutos durante os Jogos de Sydney-2000.
Outro momento memorável ocorreu em Barcelona-1992, quando o britânico Derek Redmond, ao sofrer uma lesão, recebeu ajuda de seu pai, Jim, para completar a semifinal dos 400 metros rasos. Apesar da desclassificação, a cena emocionou pessoas ao redor do mundo.
Casos como o de Kinzang Lhamo, Eric Moussambani e Derek Redmond lembram que a verdadeira essência dos Jogos Olímpicos vai além das medalhas e dos tempos, reforçando valores como perseverança e a solidariedade entre os atletas.