Mulher que sofre com a pior dor do mundo ainda não descarta a eutanásia

Mulher que sofre com a pior dor do mundo ainda não descarta a eutanásia
Imagem: reprodução Instagram

A estudante de veterinária Carolina Arruda, 27 anos, recebeu alta da Santa Casa de Alfenas (MG), na tarde desta sexta-feira (30), após ter passado mais de um mês internada para tratamento contra a neuralgia do trigêmeo, distúrbio caracterizado por episódios de dor facial intensa.

A forma bilateral desse problema, que afeta os dois lados do rosto, é considerada rara e desafiadora de tratar pelos médicos devido à complexidade do nervo trigêmeo, responsável pelas sensações da face.

Durante sua estadia no hospital, a estudante realizou dois procedimentos, incluindo um implante de neuroestimuladores que não teve o efeito esperado. Posteriormente, optou por implantar uma bomba de infusão de fármacos, buscando alívio para a dor. Segundo Arruda, as crises de dor diminuíram de 50 para 20 ocorrências por dia, em média, e a dor basal apresentou uma melhora de cerca de 25%.

Apesar das melhorias, a eutanásia não está descartada como uma opção futura, mas a estudante pretende aguardar seis meses para avaliar a eficácia do tratamento. Fundadora da Associação Neuralgia do Trigêmeo Brasil, Carolina Arruda busca apoiar outras pessoas que convivem com a mesma condição.

A proposta terapêutica atual inclui a continuidade das terapias, ajustes de medicações e suporte psicológico, visando auxiliar no manejo da dor e do aspecto psicoemocional. A próxima opção terapêutica, a cirurgia de microdescompressão vascular, foi descartada pela equipe médica devido aos riscos e à falta de resultados satisfatórios na região afetada.

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