A participação do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024 provocou uma gama de sentimentos em torno dos resultados obtidos nas modalidades mais relevantes.
Destaca-se a inédita conquista feminina, com as atletas brasileiras dominando os pódios, algo inédito na história olímpica, visto que esta foi a primeira edição a contar com paridade de gênero.
Destaques em medalhas
As modalidades de ginástica artística e judô brilharam, cada uma garantindo quatro medalhas, incluindo os ouros de Rebeca Andrade e Bia Souza. Na areia, a dupla Ana Patrícia e Duda conquistou o ouro, levando o país ao pódio após 20 anos.
Com um total de 20 medalhas, das quais 12 foram em competições femininas e uma em evento misto (judô), o Brasil teve suas mulheres como protagonistas, marcando um novo capítulo na história do esporte nacional.
Resultados decepcionantes
Por outro lado, a natação e o boxe apresentaram desempenhos preocupantes, somando apenas uma medalha cada.
Este foi considerado o pior resultado desde as Olimpíadas de Seul, em 1988, levantando bandeiras amarelas para as próximas competições em Los Angeles.
Gigantes da ginástica
Rebeca Andrade se destacou como a principal atleta brasileira da edição, indo além das expectativas ao conquistar o ouro no solo e a prata em duas outras categorias. Sua performance, que incluiu contribuições em equipe, a colocou como a maior medalhista brasileira em Jogos Olímpicos até o momento.
O diretor esportivo da CBG, Henrique Motta, declarou: “Consideramos a participação brasileira em Paris-2024 bastante positiva. Nossos atletas demonstraram grande dedicação e espírito esportivo.”
Judô em ascensão
O judô brasileiro também se sobressaiu. Bia Souza, em sua primeira participação olímpica, conquistou o ouro na categoria acima de 78 kg, enquanto a equipe, reforçada por Willian Lima e Larissa Pimenta, garantiu um bronze inédito.
Este desempenho colocou o judô como a modalidade que mais contribuiu para o total de medalhas do Brasil nas Olimpíadas.
Flávio Canto, antigo medalhista olímpico, opinou sobre os resultados, afirmando que “o resultado foi espetacular” e destacou as disputas que embora tenham terminado em derrota, mostraram um esforço vigoroso por parte dos atletas.
Vôlei de praia e o retorno triunfante
O vôlei de praia, ao fundo da icônica Torre Eiffel, trouxe alegria ao país; a dupla Ana Patrícia e Duda completou uma campanha impecável e conquistou o ouro, marcando o retorno do Brasil ao pódio depois de duas edições de ausência.
Melhores e piores desempenhos
Enquanto o Brasil brilhava em alguns esportes, a natação enfrentou seu desempenho mais fraco desde 1988, com apenas quatro finais e sem medalhas. Ricardo Prado, diretor da CBDA, mencionou a necessidade de renovação na equipe, enfatizando que a experiência não deve impedir que novos talentos emerjam.
O boxe, com a única medalha de bronze de Bia Ferreira, também deixou a desejar, resultando na pior campanha desde Pequim-2008. Mateus Alves, técnico da equipe, lamentou as expectativas não atendidas.
Surfe e skate: resultados encorajadores
No surfe, Tatiana Weston-Webb fez história, enquanto Gabriel Medina trouxe o bronze. Paulo Moura, vice-presidente da CBSurf, celebrou o avanço do surfe, reconhecendo o crescimento do número de fãs desse esporte no Brasil.
No skate, Rayssa Leal e Augusto Akio encerraram a participação olímpica com bronzes, destacando a ascensão desta modalidade recém-introduzida nos Jogos.
Desafios enfrentados
Os Estados Unidos impuseram dificuldades ao Brasil em diversas competições, incluindo o vôlei e o futebol. A seleção feminina, apesar das derrotas, teve desempenhos notáveis em jogos anteriores, como a vitória sobre a França. Marta, ícone do futebol feminino, se despediu das Olimpíadas após uma carreira longa e vitoriosa.
Medalhas de destaque
Isaquias Queiroz e Edival Pontes foram outros atletas que se destacaram, levando a tradição olímpica do Brasil a novos patamares. A conquista de medalhas por ambos nas respectivas modalidades de canoagem e taekwondo também foi um fator importante a ser considerado.
Com o fechamento das Olimpíadas de Paris-2024, o Brasil acumula lições e realizações, preparando-se para os próximos desafios em Los Angeles-2028 e além.