A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo que impacta principalmente os movimentos, embora também possa afetar outras funções do corpo. Detectar os primeiros sinais da doença é crucial para um tratamento precoce e um manejo mais eficaz dos sintomas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, essa condição é resultado da degeneração de células em uma área específica do cérebro chamada substância negra. Essas células são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que facilita a comunicação entre as células nervosas. A redução ou ausência de dopamina prejudica os movimentos, levando ao aparecimento dos sintomas típicos da doença.
Principais Sinais Iniciais da Doença
- Tremores em repouso: Um dos sintomas mais notáveis é o tremor, que geralmente se inicia em uma das mãos ou dedos. Esse tremor tende a manifestar-se principalmente quando a pessoa está em repouso e pode desaparecer durante a movimentação. Embora nem todos os tremores indiquem Parkinson, o tremor em repouso é um sinal clássico que merece atenção.
- Bradicinesia (lentidão nos movimentos): Esta condição se refere à dificuldade em realizar movimentos voluntários, tornando tarefas cotidianas, como levantar-se de uma cadeira ou caminhar, mais lentas e desafiadoras.
- Rigidez muscular: A rigidez nos músculos representa outro sinal inicial comum da doença. Tais tensões podem ocorrer em qualquer parte do corpo, causando desconforto e restringindo a amplitude de movimento. Além disso, pode contribuir para uma postura mais curvada e desafios na mobilidade.
- Instabilidade postural: Indivíduos com Parkinson frequentemente enfrentam problemas de equilíbrio e coordenação, elevando o risco de quedas. A instabilidade postural pode ser um indicador de progressão da doença, embora possa ser observada em estágios iniciais.
- Alterações na escrita: Um sinal precoce é a micrografia, caracterizada pela diminuição do tamanho da escrita. As letras tendem a se tornar menores e mais condensadas.
Diagnóstico da Doença de Parkinson
O diagnóstico da Doença de Parkinson é predominantemente clínico, fundamentado na história clínica do paciente e no exame neurológico. Não existe um teste específico que confirme a doença, mas os seguintes métodos são utilizados:
- Avaliação neurológica: O neurologista analisa os sintomas motores, incluindo tremores, rigidez e bradicinesia, além de verificar reflexos e habilidades de coordenação e equilíbrio do paciente.
- Testes de imagem: Exames como a ressonância magnética (RM) ou a tomografia computadorizada (TC) podem ser realizados para descartar outras condições que apresentem sintomas semelhantes.
- Resposta à medicação: Em certos casos, o médico pode prescrever levodopa, um fármaco utilizado no tratamento da Doença de Parkinson, para avaliar se há melhora nos sintomas. Uma resposta positiva a este medicamento pode ajudar a validar o diagnóstico.