Ablação: como Tite pode tratar a fibrilação atrial

Ablação: como Tite pode tratar a fibrilação atrial
Imagem: reprodução TV Globo

O treinador Tite permanece internado para tratamento após passar mal durante um jogo em La Paz. Ele está recebendo medicamentos e será submetido a um procedimento chamado ablação, direcionado à sua condição de saúde. A fibrilação atrial, uma alteração no ritmo cardíaco que afeta entre 2% a 4% da população global, pode se normalizar de forma espontânea ou requerer intervenção médica.

Quando o tratamento com medicamentos não é suficiente, pode-se optar pela ablação por radiofrequência. Essa técnica envolve mapear as áreas afetadas no coração e introduzir um cateter pela virilha. Uma vez no local específico, o aparelho emite uma radiofrequência para eliminar o tecido responsável pela arritmia. Em alternativa, a crioablação utiliza o resfriamento para inativar a região afetada.

Após o procedimento, o cateter é retirado e o paciente é orientado a manter um curativo e repouso com a perna estendida. As atividades cotidianas podem ser retomadas em três dias, embora esforços físicos devam ser evitados por aproximadamente quatorze dias.

Consequências da Fibrilação Atrial

A condição pode resultar em efeitos adversos significativos, especialmente em pacientes com maior vulnerabilidade, como os mais idosos, podendo ocasionar situações graves como derrames e insuficiência cardíaca.

O diagnóstico afeta as câmaras superiores do coração, chamadas átrios, que têm a função de receber sangue e direcioná-lo aos ventrículos. A fibrilação atrial altera o ritmo de contração dos átrios, o que pode causar estagnação do sangue e potencial formação de coágulos. Estes, ao se deslocarem pela corrente sanguínea, podem obstruir artérias, incluindo aquelas que irrigam o cérebro, resultando em acidentes vasculares cerebrais.

Segundo especialistas em cardiologia, as arritmias podem não ser fatais, mas podem trazer desconforto significativo, especialmente em pacientes com pressão arterial baixa. A fibrilação atrial é uma das principais causas de derrame em pessoas acima dos 60 anos. Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da condição incluem hipertensão, histórico de infarto, hipertireoidismo, problemas nas válvulas cardíacas, diabetes, obesidade e ingestão excessiva de álcool.

Adicionalmente, a falta de oxigênio no sangue pode ser um fator desencadeante, e condições como a altitude podem agravar a situação, uma vez que, em altitudes elevadas, a pressão atmosférica é reduzida, o que torna o ar menos denso.

Embora a fibrilação atrial possa ser assintomática, sua manifestação pode incluir tonturas, fadiga, palpitações e desconforto torácico, sendo que em casos mais severos pode levar a derrames.

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